segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE



    HOJE, dia 23 de Novembro, é Dia da Floresta Autóctone (O termo autóctone é sinónimo de nativo ou indígena, isto é, diz respeito a seres vivos originários do próprio território onde habitam).
    O Dia da Floresta Autóctone foi estabelecido para promover a divulgação da importância económica e ambiental da conservação das florestas naturais e a necessidade de as salvaguardar da destruição. Este dia está mais adaptado às condições climatéricas portuguesas para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao Dia Mundial da Floresta - 21 de Março, criado inicialmente para os países do Norte da Europa.
    Esta pior relação com a plantação em Março prende-se com a ausência a curto prazo de um facto essencial ao desenvolvimento da jovem árvore – a água. A plantação de árvores no início da Primavera em Portugal apresenta frequentemente um baixo sucesso, associado ao aumento das temperaturas e redução das chuvas que se faz sentir com a proximidade do Verão. Nesta altura torna-se mais adequado, na situação portuguesa, ver o desenvolvimento das áreas plantadas em Novembro ou até para uma visita à floresta.
  A participação e colaboração de todos é fundamental para a protecção da nossa floresta autóctone, nomeadamente na recolha de algumas sementes, na sua germinação e plantação (http://www.confagri.pt).




«Uma oportunidade para repensar o futuro e dar um lugar de maior relevo às nossas espécies» (http://www.cienciahoje.pt )





Fraga da Pena/Mata da Margaraça 



Portugal 






sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Poema de FERNANDO PESSOA



    Para iniciar este blogue, nada melhor que um dos incríveis poemas do grande e incontornável poeta Fernando Pessoa, homenageando assim a Universidade pelo qual frequento, intitulada nada mais nada menos, de Universidade Fernando Pessoa (www.ufp.pt). Visto que a criação deste blogue surgiu derivado a um trabalho prático de uma unidade curricular do presente curso.
    Espero que gostem. ;)




"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem  alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que soque não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo :  "Fui  eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."



Fernando Pessoa